terça-feira, 20 de agosto de 2013

LIDER QUILOMBOLA DO MARAJÓ É ASSASSINADO EM BELÉM



O líder quilombola Teodoro Lalor de Lima, conhecido como senhor Lalor, presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Gurupá, no município de Cachoeira do Arari, no Marajó, foi assassinado na manhã desta segunda-feira (19), em Belém. O crime aconteceu quando Lalor desembarcava para uma reunião na capital paraense de organizações quilombolas do Pará. Ainda não há informações sobre a forma em que foi assassinado.

No último dia 13, o presidente denunciou, durante uma audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal (MPF-PA) e Ministério Público do Estado, em Cachoeira do Arari, a perseguição de fazendeiros da região à comunidade quilombola. Ele disse ainda que ficou preso por dois meses sem acusação formal, a mando de fazendeiros que se sentem prejudicados pela demarcação das terras quilombolas.

Entre as denúncias feitas pelo líder quilombola, está também que crianças da comunidade estavam sendo presas por colher açaí em áreas quilombolas.

NOTA

De acordo com informações da nota enviada pelo Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó (Codetem), Diocese de Ponta de Pedras e Instituto Peabiru, na noite desta segunda-feira (19), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entregou à Comunidade de Gurupá o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID).

A nota afirma que representantes visitaram o quilombo, no último dia 14, para saber a situação em que vivem os mais de 700 moradores. Eles afirmam que a comunidade está alarmada e pede ajuda do Ministério Público para que os direitos da população não sejam cerceados e que haja proteção das pessoas que fazem denúncias de discriminação e opressão.

(DOL com informações do Instituto Peabiru

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cidade com pior IDH no país, Melgaço, PA, tem 50% de analfabeto.




Segundo IBGE, 12 mil habitantes não são alfabetizados. População depende de programas sociais, diz especialista

Metade dos moradores de Melgaço, no Pará, não sabe ler nem escrever. Segundo dados do censo do IBGE publicado em 2012, 12 mil dos 24 mil habitantes da cidade não são alfabetizados, e apenas 681 pessoas frequentam o ensino médio.
São dados como este que exemplificam o que foi apontado no levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que divulgou nesta segunda-feira (29) o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013". De acordo com a publicação, a cidade do Marajó tem o pior Desenvolvimento Humano do país.
saiba mais
O professor  do doutorado de Antropologia da Universidade Federal do Pará, Agenor Sarraf, nasceu em Melgaço e dedica sua pesquisa à cidade. Segundo ele, grande parte dos analfabetos são pessoas com mais de 15 anos, que não conseguiram estudar durante uma crise da educação ocorrida na década passada. "O número de professores leigos era muito grande: 75% dos professores não tinham magistério em 2001", disse.
O professor, que atuou como secretário de educação no período, conta que a cidade investiu na capacitação docente, mas hoje ainda faltam políticas para atrair e manter jovens e adultos na escola. "O município não consegue montar Ensino de Jovens e Adultos. As pessoas são pobres e precisam trabalhar. O município carece de programas para sucesso escolar", avalia.O G1 tenta contato com o prefeito de Melgaço, mas ainda não foi atendido.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), responsável pelo Ensino Médio, informou que uma nova escola de ensino médio deve ser começar a ser construída na cidade ainda em 2013, e que a Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves irá integrar o programa Jovem de Futuro a partir de 2014. O projeto visa melhorar a qualidade do ensino através de novas metodologias pedagógicas.
A Seduc informa ainda que  a cidade de Melgaço também aderiu ao Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), coordenado pela Rede Estadual de Ensino, executado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) junto ao município, com a principal meta é de ter todas as crianças alfabetizadas até os 8 anos de idade.

Pobreza
Além da educação, a população de Melgaço também sofre com a pobreza: de acordo com o Mapa da Pobreza do IBGE publicado em 2003, 48% das pessoas do município são pobres,  grande parte da população do campo tem remuneração de R$ 71,50, fazendo com que as famílias na zona rural sobrevivam, em média, com R$ 662 por mês - menos que um salário mínimo.
Na área urbana a situação é um pouco melhor: cada família recebe, em média, R$ 1.493. Mas, segundo o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (DIEESE), este valor é inferior ao necessário para atender as necessidades básicas da população. "O salário mínimo, para atender ao que determina a constituição, deveria ser de R$ 2.860,21. Com esse valor, o trabalhador conseguiria pagar alimentação, saúde, educação e lazer para a sua família", disse o economista Roberto Sena.
"O rendimento da população de Melgaço coloca essas pessoas abaixo da linha da miséria. Não dá para fazer nada com este dinheiro. A cesta básica para um trabalhador no Pará, segundo nossa última pesquisa, foi de R$ 280", pondera o economista.
Segundo Agenor Sarraf, existem poucas oportunidades de emprego na cidade. "De fato o município é muito pobre. 80% da população vive na zona rural, não há indústria.  A cidade não tem empresas desde a decadência da madeira e do palmito na região. As fontes de renda na cidade são a prefeitura, aposentadorias e programas sociais", revela o professor.
Segundo o Dieese, a situação de Melgaço ilustra a desigualdade no estado do Pará, que tem o 13º maior PIB do país, mas apresenta a 23ª renda. "É uma concentração de renda brutal: poucos têm quase tudo, e muitos têm quase nada. Ter o povo participando da renda é o grande desafio: o estado é rico, mas o povo tem situações de vida muito difícies, como é o caso de Melgaço", critica Roberto Sena.

Saúde
Segundo o professor Sarraf, faltam médicos, enfermeiros e remédios para atender a população de Melgaço. "A extensão territorial é grande. Se leva até 15 dias para cruzar o espaço, são mais de 6 mil quilômetros. A densidade demográfica é baixa, existem postos de saúde em vilas, mas a população se espalha pelos rios e isso dificulta as políticas de saúde".

Entenda o IDH
O IDH mede o nível de desenvolvimento humano de determinada região. É a terceira vez que o órgão da ONU realiza o levantamento sobre a situação nos municípios do país – outras duas edições da pesquisa foram divulgadas em 1998 e 2003.
No atlas de 2013, o IDH foi calculado com  base nos dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No atlas de 2003, as informações são as do censo de 2000, e, para 1998, a base de dados foi a de 1991. No entanto, neste ano, o Pnud mudou os critérios de aferição do índice, e atualizou os dados dessas duas pesquisas anteriores com base nesses novos critérios (leia aqui sobre a nova metodologia).

O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor - em Melgaço, o IDH é 0,418, o mais baixo das 5565 cidades pesquisadas. O índice considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação.

Fonte: G1 Pará

quarta-feira, 24 de julho de 2013

“Mais Saúde” foi inspirado no Marajó, diz ministro



Problemas enfrentados pela população da Ilha do Marajó “serviram de inspiração” para a criação do novo programa.
 
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, teve um dia agitado ontem (9) em Brasília. Pela manhã, falou à imprensa de todos os estados sobre detalhes do programa “Mais Saúde para o Brasil”, lançado na última segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff. Padilha rebateu críticas de entidades médicas que ameaçam promover greve geral, caso sejam implantadas as medidas propostas pela Medida Provisória publicada ontem pelo Diário Oficial da União.
O ministro disse ao Diário que os problemas enfrentados pela população da Ilha do Marajó “serviram de inspiração” para a criação do novo programa. A região é a que apresenta a pior concentração de médico por habitante do país. Os gestores municipais não conseguem manter profissionais de saúde nos municípios, mesmo oferecendo altos salários e boas condições de trabalho, como unidade de saúde equipada, aparelhos para exames e medicamentos.
De acordo com Padilha, o Marajó é prioridade neste programa do governo. “Foi pensando no problema enfrentado pela população que criamos o programa. Estaremos junto à universidade (Universidade Federal do Pará) para coordenar o trabalho dos médicos na região, o pagamento será direto do Ministério, tudo isso dará mais segurança para que o médico fique nos municípios do Marajó”, informou o ministro.
Entre as resistências encontradas pelo ministro junto às entidades médicas estão as medidas que propõem mudanças nos cursos de medicina, como a criação do segundo ciclo. A proposta é de que os estudantes de medicina façam obrigatoriamente a chamada residência médica, pelo período de dois anos, em hospitais do SUS, condicionando o recebimento do diploma a esta medida, que passa a valer a partir de 2015.
As entidades de classe avaliam que essa mudança é uma exploração do profissional de saúde. Alexandre Padilha rebateu destacando que o serviço social obrigatório é quando o Estado escolhe para onde o profissional vai. “O médico em treinamento ficará dois anos na atenção básica, na medicina da família, na urgência e emergência, ligado à instituição formadora. Ou seja, a faculdade onde ele estuda vai ter que se aproximar da atenção básica e lá ele vai fazer o processo de treinamento. Não tem nenhuma relação com serviço civil obrigatório, disse., enfatizando que esses dois anos servirão para melhorar a formação dos profissionais e torná-los “especialistas de gente”, com uma visão mais geral e integral do paciente.
O ministro afirmou que o governo federal está “muito seguro” da validade jurídica do Programa Mais Médicos. “O momento é o do debate no Congresso [Nacional]. Quem tiver propostas diferentes para levarmos mais médicos à população brasileira apresente-as e vamos debater no Congresso. Não venham tentar cercear o debate e as medidas que o governo federal está tomando para resolver um problema grave no Brasil, que é ter médicos perto da população”, disse o ministro.
Ontem foram publicadas no Diário Oficial da União a medida provisória e os editais com as regras do programa, que visa ampliar o número de profissionais de saúde em municípios no interior do país e nas periferias das grandes cidades. No Pará serão 96 municípios beneficiados.
À tarde o ministro da Saúde participou da abertura da 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Ele informou aos prefeitos que a pasta possui recurso disponível para“toda demanda de infraestrutura” na área de saúde nos municípios. Segundo Padilha, R$ 7 bilhões do ministério já estão sendo usados em obras de reformas em hospitais e mais R$ 5 bilhões serão disponibilizados esta semana para contratação.
BOATOS
O ministro foi vítima de boatos sobre sua formação.. Alexandre Padilha é médico infectologista pós-graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com diploma reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) tendo, inclusive, supervisionado o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da USP. As acusações causaram mal estar em Brasília.
Formado na Universidade de Campinas (Unicamp), com residência na USP, o ministro, cuja primeira inscrição no Conselho Regional de Medicina é de São Paulo, pediu transferência para o Pará, onde implantou e coordenou o Núcleo de Medicina Tropical da USP em Santarém, tendo a experiência de levar médicos para a Amazônia.
Em nota, Padilha lamentou que “ataque pessoal seja usado para mascarar o debate sobre o “Programa Mais Médicos”, que levará estes profissionais para as regiões mais carentes dos municípios do interior e da periferia das grandes cidades”.
Fonte: Diário do Pará

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Informativo Sumano -UFPA



Paradigmas da educação: avaliação em construção da objetividade a subjetividade.



Paradigmas da educação: avaliação em construção da objetividade a subjetividade.

Manoel Justino de Jesus Júnior[1]



I - Introdução.
Muito se discutiu na nossa turma de Licenciatura em Pedagogia, sobre as avaliações e suas metodologias aplicadas nas escolas de educação infantil e ensino fundamental menor, escolas na qual os alunos do curso de pedagogia do Parfor – Ufpa exerce o seu magistério e cujas vivencias foram socializadas, durante a ministração da Disciplina Avaliação Educacional. Muitos foram os relatos dos professores no que concerne à avaliação dos seus alunos, sendo ela uma avaliação objetiva ou subjetiva, e as expectativas que são presenciadas tanto por parte dos alunos quanto por parte dos pais e dos professores.
Nesta reflexão algumas indagações se tornaram presentes levantando o questionamento sobre os alunos, como um todo, isto é, não só os seus aspectos cognitivos, mas também suas ideias, seus interesses e valores. Como avaliar este aluno como um todo? Como juntar as partes de um processo de avaliação? Como se avaliar os valores?
Estas e outras perguntas dentro desta dinâmica tem nos incitados a necessidade de estudar e repensar sobre os paradigmas que dão qualidade à educação para os objetivos que nós pretendemos. Mas levando se em conta que o objetivo principal deste estudo é sem sombra de duvida, alcançar os nossos alunos - a razão de ser da educação – em seus diversos aspectos tanto social, regional, culturais, cognitivo e psicológico, pensando que este aluno é um “ser” social, como pessoa humana – que vive, pensa, participa e interfere na sociedade.
Entre as mais diversas perguntas que podemos fazer, a primeira refere-se à crença no sistema tradicional de avaliação como responsável por uma escola competente (uma visão bastante saudosista da escola exigente, rígida, disciplinadora, detentora do saber) que, no entanto não encontra respaldo na realidade com a qual nos deparamos neste momento, além de ser alvo de critica e ojeriza por parte da maioria dos professores que permeiam as Faculdades de Educação das Universidades no Brasil afora. Porque não se pode considerar uma escola competente e de qualidade, quando ela não dá conta sequer do alunado que recebe, promovendo muitos alunos à categoria de repetentes e evadidos.
Umas das mais diversas polemicas que se apresentam em relação à perspectiva da avaliação, diz respeito à questão da melhoria da qualidade da educação. Muitos fatores dificultam a superação da pratica tradicional, já tão criticada, mas, dentre muitos, desponta sobremaneira a crença dos educadores de todos os graus de ensino na manutenção da ação avaliativa classificatória como garantia de um ensino de qualidade. Apesar de ser quase que unanime a ideia de que a avaliação é uma pratica indispensável ao processo de ensino-apredizagem, a ação avaliativa continua sendo um tema polemico. Há uma intensa critica aos procedimentos e instrumentos de avaliação frequentemente usados na sala de aula, que muitas das vezes se fazem acompanhar de sinalização de novas diretrizes ou de novas propostas de ação.
Embora o método de avaliação que se apresenta seja tão criticado, em um painel integrado, onde os professores tinham que elaborar suas perguntas sobre os modelos de avaliação, uma pergunta levantou bastante questionamento: Será que as escolas existiriam se não tivessem as avaliações? Dentre todas as discussões, uma me chamou atenção, pois percebemos que de nada valeria a escola se não houvesse avaliação, seria o fim das broncas e castigos por causa das notas baixas, o trabalho de decorar muitas matérias seriam eliminados, pois muitas das vezes os nossos alunos esquecem tais conteúdos no dia seguinte, além do trabalho inútil de preparar a “cola” reduziria angustias e sofrimentos. Com certeza não faria a escola mais feliz.

II – A questão da subjetividade nas tarefas avaliativas.
A objetividade e a subjetividade geralmente são entendidas referindo-se a “forma de elaboração” das questões de um teste. Contudo é pela correção justamente que as questões se caracterizam em “objetivas” e “subjetivas”. Ou seja, elas são objetivas quando ao aluno se torna possível uma única resposta, diante das alternativas simples e compostas ou múltiplas. A forma de correção pelo professor será objetiva, por que não lhe caberá interpretar se está certo ou errado, mas simplesmente procura por resultado previamente determinado.
Já no formato subjetivo de questões, este incita o aluno a responder de forma pessoal, opiniões, considerações, dissertações sobre determinado tema, então o professore terá de interpretar subjetivamente a resposta para considera-la certa ou errada.
No momento em que o professor formula uma questão, seja oralmente ou por escrito, revela uma intenção pedagógica e uma relação com o educando, o que implica obrigatoriamente subjetividade. A subjetividade é inerente também á interpretação da questão pelo aluno.
IiiUma pratica mediadora em construção
Aponto aqui a seguir alguns princípios coerentes a uma ação avaliativa mediadora, a partir das considerações até aqui desenvolvidas:
·  Dar oportunidades aos discentes em certos momentos de expor as suas ideias;
·  Oportunizar momento de discussão entre os alunos a partir de situações que possam se desencadear;
·  Realizar tarefas diversas individuais, menores e sucessivas, investigando teoricamente, procurando entender razões para as respostas apresentadas pelos alunos;
·  Ao invés do certo/errado e da atribuição de pontos, fazer comentários sobre as tarefas propostas para os alunos, colocando-se a disposição no intuito de localizar as dificuldades, oferecendo-lhes oportunidade de descobrirem quais seriam as melhores soluções;
·  Transformar os registros de avaliação em anotações significativas sobre o acompanhamento dos alunos em seu processo de construção de conhecimento.
 A avaliação mediadora buscar a observar ao aluno em si individualmente, presta atenção no seu momento no processo de construção do conhecimento. O que exige uma relação direta com ele a partir de muitas tarefas sejam elas orais ou escritas, interpretando-as (um respeito à subjetividade), refletindo e investigando teoricamente razões para soluções apresentadas, em termos de estágios evolutivos do pensamento, da área de conhecimento em questão, das experiências do senso comum do aluno.
 A reflexão sobre valores, por si, seria um tema de estudo, mas o objetivo principal de sua abordagem é trazer a baila, mais uma vez, a sua importância no processo pedagógico e, também, para expor suas dificuldades quando ele é objeto na avaliação.
IV – O discurso em torno da educação
Ao discutirmos as questões que se relacionam aos paradigmas da educação, gostaria de repensar, de inicio, sobre o significado do termo paradigma, uma vez que, no tópico anterior demos um enfoque aos aspectos valorativos, subjetividade e objetividade e seus significados.
Paradigma, em grego significa exemplo, modelo ou padrão. Foi utilizado de modo sistemático, em ciências, por Thomas S. Kuhn que pretendia sugerir certos exemplos da pratica cientifica, incluindo leis, teorias, aplicáveis e instrumentação. Paradigma envolve áreas de problemas, métodos, padrões de analise e de soluções e conclusões aceitas no grupo acadêmico.
No paradigma critico da educação vamos encontrar uma analise critico-dialética da educação. A pedagogia Historico-critica formulada por Saviani, envolve a... “necessidade de se compreender a Educação no seu desenvolvimento histórico-objetivo e, por consequência, a possibilidade de se articular um proposta pedagógica cujo ponto de referencia, cujo compromisso, seja a transformação da sociedade e não sua manutenção, sua perpetuação.” (Saviani, p.56, 1992).
A educação no paradigma histórico-critico caracteriza o homem como “um ser natural com suas peculiaridades, distinto dos demais seres naturais, pelo seguinte: enquanto os animais em geral, adaptam-se à natureza, e, portanto já tem garantias, pela própria natureza, suas condições de existência, o homem precisa adaptar a natureza a si, ajustando-a segundo as suas necessidades... O que define o suprassumo da realidade humana é o trabalho, pois é através dele que o homem atua sobre a natureza, ajustando-se as suas necessidades.” (Saviani, p. 96, 1991). Voltando as dificuldades apresentadas anteriormente no que concerne a avaliação escolar: qual é proposta de avaliação que responderia a esta concepção? Como está sendo avaliada a questão do trabalho nas escolas? São perguntas que precisam de respostas, enquanto são avaliados os processos de avaliação.
Concluindo este trabalho percebo que toda a dimensão critica em torno da avaliação, da construção do conhecimento, a questão da afetividade e dos sentimentos, terá uma importância à questão dos valores, os modelos éticos vigentes nesta sociedade. Creio piamente que o norte que se deva dar será a valorização do pensamento e o julgar, o saber e o ser. Creio ainda que estamos trilhando o caminho em direção á aproximação do discurso com à pratica, por que, em termos de discurso pedagógico, já estamos quase galgando o desejado, resta, porém para nós educadores praticar esta teoria, este discurso. E caminhamos sim nesta direção.


Referências Bibliográficas.
Saviani, Demerval. Pedagogia: histórico, critica - primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1991.
Hoffmann, Jussara. Avaliação mediadora: uma pratica em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: mediação, 2009.
Grispun, Maria P. S. Zippin, Ensaio: Avaliação, Políticas Publicas Educacional, Rio de Janeir


[1]  Graduando em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará –UFPA - Campus Marajó – Breves.
Ensaio apresentado durante a ministração da Disciplina Avaliação Educacional, ministrada pelo Prof. Msc. João Paulo Alves.